A ideia deste blogue nasceu no Dia Mundial do Teatro de 2009, enquanto à nossa frente Vítor Norte e João Lagarto faziam o seu “Recital”: Pessoa e heterónimos surgiam amiúde; por acaso ou talvez não, uma boa parte dessas mesmas leituras tínhamo-las partilhado nas semanas anteriores. Comentámos então a evidência já notada por outros (e por nós, ainda que até aí sem frutos): o “Universo Pessoa” é tão vasto, que seria possível citá-lo a propósito de quase tudo. Não demorou muito a que surgisse uma expressão — «Pessoa para todas as ocasiões» — e uma ideia: fazer um blogue exclusivamente com citações da obra de Fernando Pessoa, escolhidas a propósito de acontecimentos, efemérides, evocações, associações de ideias, estados de espírito... Quatro dias depois surgia o esqueleto deste blogue, com a publicação dos primeiros posts de teste.
Por esta altura os mais atentos estarão a pensar: Espera aí, mas o Dia Mundial do Teatro é a 27 de Março, e este texto está datado de 27 de Janeiro! — e têm toda a razão: este blogue começou de facto na véspera do Dia das Mentiras e, talvez em forma de antecipação, a sua cronologia é falsa. É certamente falsa até esse dia, e sê-lo-á seguramente mais vezes depois disso. Tudo em nome da evocação mais significativa, quando esta for possível — e esta nem sempre nos ocorre em tempo útil. Pedimos, por isso, que nos desculpem o pecadilho: mestre do fingimento, Fernando Pessoa seria o primeiro a compreender os nossos motivos e a assinar por baixo. (Quem nunca forjou uma cronologia que atire a primeira pedra...)
Tentaremos ser o mais rigorosos possível nas citações que fizermos e nas referências bibliográficas. (Em geral recorreremos à colecção Obras de Fernando Pessoa publicada pela Assírio & Alvim; nos casos em que nos basearmos em edições críticas ou facsimiladas, actualizaremos a grafia.) A procura do rigor e da “rastreabilidade” não nos coibirá, no entanto, de citar Pessoa a pretexto de situações que nada tenham a ver com a ideia original do autor; uma vez (ou muitas) por outra iremos mesmo ao ponto de suprimir a palavra incómoda ou acrescentar aquele petit rien que desbrave o caminho até aos nossos intentos.
Em contexto ou fora dele — Pessoa, sempre!
Por esta altura os mais atentos estarão a pensar: Espera aí, mas o Dia Mundial do Teatro é a 27 de Março, e este texto está datado de 27 de Janeiro! — e têm toda a razão: este blogue começou de facto na véspera do Dia das Mentiras e, talvez em forma de antecipação, a sua cronologia é falsa. É certamente falsa até esse dia, e sê-lo-á seguramente mais vezes depois disso. Tudo em nome da evocação mais significativa, quando esta for possível — e esta nem sempre nos ocorre em tempo útil. Pedimos, por isso, que nos desculpem o pecadilho: mestre do fingimento, Fernando Pessoa seria o primeiro a compreender os nossos motivos e a assinar por baixo. (Quem nunca forjou uma cronologia que atire a primeira pedra...)
Tentaremos ser o mais rigorosos possível nas citações que fizermos e nas referências bibliográficas. (Em geral recorreremos à colecção Obras de Fernando Pessoa publicada pela Assírio & Alvim; nos casos em que nos basearmos em edições críticas ou facsimiladas, actualizaremos a grafia.) A procura do rigor e da “rastreabilidade” não nos coibirá, no entanto, de citar Pessoa a pretexto de situações que nada tenham a ver com a ideia original do autor; uma vez (ou muitas) por outra iremos mesmo ao ponto de suprimir a palavra incómoda ou acrescentar aquele petit rien que desbrave o caminho até aos nossos intentos.
Em contexto ou fora dele — Pessoa, sempre!
Maria Filomena + Fernando Gouveia
(Dia Internacional de Recordação do Holocausto) + 72
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