(Fernando Pessoa, “Alemanha e a Guerra”, Ultimatum e Páginas de Sociologia Política, 40, p. 234)
Mostrar mensagens com a etiqueta Protestantismo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Protestantismo. Mostrar todas as mensagens
31 outubro 2011
494 anos da afixação das “95 Teses” de Martinho Lutero na porta da igreja do castelo de Wittenberg (1517)
Desde que se separou, na Renascença e depois da Reforma, do cristianismo católico, o espírito cristão tem caminhado lentamente num determinado sentido. Esse sentido é o de afastar cada vez mais o dogma, a «letra», como diz o Evangelho, e de se dedicar cada vez mais ao «espírito». O protestantismo mais não é do que a subordinação do dogma à doutrina, a substituição gradual da autoridade pela consciência no cristianismo.
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Bíblia,
Cristianismo,
Dogma,
Igreja Católica,
Protestantismo
03 janeiro 2011
490 anos da excomunhão de Martinho Lutero pelo Papa Leão X (1521)
O ódio entre católicos e protestantes, o entre católicos e maçons, o entre cristãos e livres-pensadores modernos, tudo isso tem a ferocidade e o disparatado do ódio entre seitas da mesma religião. Não acabou nunca a luta entre seitas crististas que dura desde o aparecimento do próprio cristismo, que, quando nos surge na história, nos surge já bipartido nas seitas paulina e petrista. O cristismo é essencialmente dividido.
Toda a linha da evolução do cristismo, que — como vimos — alcança todos os movimentos, por pouco cristãos que pareçam, da história moderna, é representada por uma série incoerente de cisões e subcisões, por um encadeamento desconexo de inimizades e de desinteligências.
Toda a linha da evolução do cristismo, que — como vimos — alcança todos os movimentos, por pouco cristãos que pareçam, da história moderna, é representada por uma série incoerente de cisões e subcisões, por um encadeamento desconexo de inimizades e de desinteligências.
(António Mora, Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação, 297)
18 outubro 2010
476 anos do “Affaire des Placards”, afixação de cartazes críticos da doutrina católica nas ruas de Paris (1534)
[...] O cristismo é a inversão dos valores humanos. Não submergiu a sociedade, porque a sociedade tem, na sua própria constituição como tal, a maior defesa contra o cristismo. Não matou a vida humana. porque, para ser vida, ela tem que não deixar-se morrer. O cristismo nasceu na época da decadência romana. Ainda, na sua forma católica — a mais abjecta de todas, porque o protestantismo de certo modo impôs uma disciplina por via do seu latente paganismo nórdico — a religião cristã é uma religião da decadência romana. Quem vive dentro do cristianismo, vive ainda no império romano em decadência. Da sua origem o cristismo guarda os seus característicos. O que o berço dá a tumba o leva.
(António Mora, Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação, 249)
11 setembro 2010
A intolerância de todas as fés
A tolerância é impossível ao crente verdadeiro de qualquer fé [...]. Quem tem a sua religião por verdadeira, e por certa só dentro dela a salvação das almas, não pode senão considerar como um crime de tal vulto, que excede todos os crimes deste mundo, o pregar outra religião, que não essa, ou o desviar dela aqueles que só nela terão sua salvação. Nada há pois que pasmar do espírito perseguidor dos inquisidores, dos puritanos, e de todos quantos têm deveras uma fé que supõem universal. [...]
(Fernando Pessoa, “Bandarra”, Sobre Portugal — Introdução ao Problema Nacional, 86, p. 236)
18 fevereiro 2010
464 anos da morte de Martinho Lutero (1546)
A mais nítida obra civilizacional alemã do passado foi a Reforma. [...]
(Fernando Pessoa, Ultimatum e Páginas de Sociologia Política, 29, p. 202)
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Alemanha,
Cristianismo,
Protestantismo,
Religião
Subscrever:
Mensagens (Atom)