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06 novembro 2012

Eleições americanas

[...] As próprias eleições, dada a complexidade e o custo do maquinismo eleitoral, nunca podem ser vencidas senão por partidos eleitoralmente organizados. O eleitor não escolhe o que quer; escolhe entre isto e aquilo que lhe dão, o que é diferente. Tudo é oligárquico na vida das sociedades. [...]

(Álvaro de Campos, Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação, 415)

15 setembro 2011

Dia Internacional da Democracia

Contra a democracia invoca-se, em primeiro lugar, o argumento da ignorância das classes cujo voto predomina, porque seja maior o seu número. Mas como os sábios divergem tanto como essas classes, não parece haver vantagens na ciência para elucidação dos problemas. Onde há, sem dúvida, vantagens para a ciência é na escolha dos homens que devem governar; ora é precisamente isso que o voto escolhe. O povo não é apto a saber qual a direcção que a política pátria deve tomar em tal período; mas os homens cultos também não o sabem, pois que divergem em tal ponto. Mas o que os homens cultos sabem, e o povo não sabe, é avaliar de competências para certos cargos. Propriamente, só financeiros é que sabem avaliar qual o indivíduo que melhor geriria as finanças de um povo; só militares, qual o melhor indivíduo para ministro da Guerra.

(Fernando Pessoa, “A Democracia”, Sobre Portugal — Introdução ao Problema Nacional, 22, pp. 126–127)

04 junho 2011

Véspera de eleições

[...] Esta opressão, que todos nós sentimos, esta vergonha de estarmos sendo governados por bacalhoeiros da política, [...]

(Fernando Pessoa, “Carta a um Herói Estúpido”, Da República (1910–1935), 82, p. 195)

22 maio 2011

Início da campanha eleitoral

[...] A política partidária é a arte de dizer a mesma coisa de duas maneiras diferentes. [...]

(Fernando Pessoa, “O Burro e as Duas Margens”, Pessoa Inédito, 270, p. 427)

05 outubro 2010

Monarquia Portuguesa vs. Primeira República: descubra as diferenças

[...] A República Velha falhou mesmo como fenómeno destrutivo: destruiu mal e destruiu por maus processos.

Destruiu mal porque destruiu pouco. Destruir a Monarquia não é só tirar o Rei: é também, é sobretudo substituir os tipos de mentalidade governantes por outros tipos de mentalidade. [...]

(Fernando Pessoa, Da República (1910–1935), 98, p. 243)



A República Velha nada alterou das tradições desonrosas da Monarquia. Mudou apenas a maneira de cometer os erros; os erros continuaram sendo os mesmos. Em vez de um regime católico, um regime anticatólico, isto é, um regime que logo arregimentava como inimigos os católicos. Em vez de uma República portuguesa, de um regime nacional, uma república francesa em Portugal. E assim como a Monarquia Constitucional havia sido um sistema inglês (ou anglo-francês) sobreposto à realidade da Pátria Portuguesa, a República Velha foi um sistema francês sobreposto à mesma realidade pátria. No que respeita aos erros de administração — a incompetência, a imoralidade, o caciquismo — ficámos na mesma, mudando apenas os homens que faziam asneiras, que praticavam roubos e que escamoteavam “eleições”. De sorte que a República Velha era a Monarquia sem Rei. [...]

(Fernando Pessoa, Da República (1910–1935), 101, p. 249)

15 outubro 2009

Assembleia da República

[...] estalagem onde riem os parvos felizes [...]

(Bernardo Soares, Livro do Desassossego, 200, p. 206)

27 setembro 2009

Resultados eleitorais

Que importa àquele a quem já nada importa
Que um perca e outro vença[?]

(Ricardo Reis, Poesia, II, 32, p. 64)

Agora que campanha eleitoral passou...

Volta amanhã, realidade!

(Álvaro de Campos, Poesia, 140, p. 428)

26 setembro 2009

Dia de reflexão?

O voto popular não é uma manifestação de opinião; é uma expressão de sentimento.

(Fernando Pessoa, Ultimatum e Páginas de Sociologia Política, 55, p. 269)

25 setembro 2009

Caça aos últimos indecisos...

Aguarela de Hermenegildo Sábat
(Fonte: Público)

24 setembro 2009

Para a classe política que temos, com amor

[...] Todos! todos! todos! Lixo, cisco, choldra provinciana, safardanagem intelectual!
[...]
Agora a política é a degeneração gordurosa da organização da incompetência!

(Álvaro de Campos, “Ultimatum”, Prosa Publicada em Vida, pp. 280/281)

22 setembro 2009

À atenção de todos os candidatos a cargos políticos

Espera o melhor e prepara-te para o pior.

(Fernando Pessoa, Escritos Autobiográficos, Automáticos e de Reflexão Pessoal, p. 357)

12 setembro 2009

Promessas eleitorais

Ficções do Interlúdio

(ed. Fernando Cabral Martins, Lisboa, Assírio & Alvim,
col. Obras de Fernando Pessoa (n.º 5), 1999)