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14 fevereiro 2013

Dia dos Namorados

Não sei se é amor que tens, ou amor que finges,
O que me dás. Dás-mo. Tanto me basta.
Já que o não sou por tempo,
Seja eu jovem por erro.
Pouco os deuses nos dão, e o pouco é falso.
Porém, se o dão, falso que seja, a dadiva
É verdadeira. Aceito,
Cerro olhos: é bastante.


(Ricardo Reis, Poesia, II, 112, pp. 118–119)



Fotografia de Ofélia Queirós (1900–1991)

16 janeiro 2013

67 anos da declaração de “Santo” António de Lisboa como Doutor da Igreja (1946)

Santo António de Lisboa
Era um grande pregador,
Mas é por ser Santo António
Que as moças lhe têm amor.

(Fernando Pessoa, Quadras, II, 201, p. 105)

05 janeiro 2013

Prazeres de Inverno...

Haja inverno na terra, não na mente,
E, amor a amor, ou livro a livro, amemos
Nossa lareira breve.

(Ricardo Reis, Poesia, II, 110, p. 117)

14 fevereiro 2012

Dia dos Namorados

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.

(Alberto Caeiro, “O Pastor Amoroso, IV”, Poemas Completos de Alberto Caeiro, p. 106)



«Ricardo Reis»
José de Guimarães (1985)

07 janeiro 2012

657 anos do assassinato de Inês de Castro (1355)

D. Pedro:

(como que prostrado) Oh, frias, frias!
Estas mãos que eu beijei como estão frias!
Como mais frias do que o pensamento
Se as julgasse frias. Oh dor, oh dor!
Estes lábios [] onde moravam
Os meus no meu ausente pensamento:
De que palidez são pálidos!
Oh horror de te olhar!
Pára-me a alma; sinto-a esfriar-me
O coração morto contigo.
Inês, Inês, Inês...
Não sei como te pensava morta
Que não te pensava assim...
Assim, assim... Teus olhos, eu lembrava-os
No meu coração. Nem ouso vê-los,
Não ouso ver o lugar onde fostes
A vida que era a minha!

(David Merrick, “Inês de Castro”, Pessoa por Conhecer, vol. II, 134, pp. 178–179)

17 maio 2011

Dia Internacional contra a Homofobia

Eu nunca fui dos que a um sexo o outro
No amor ou na amizade preferiram.
Por igual a beleza eu apeteço
Seja onde for, beleza.

(Ricardo Reis, Poesia, II, 156, p. 143)

01 maio 2011

Dia da Mãe

À Minha Querida Mamã

Eis-me aqui em Portugal
Nas terras onde eu nasci
Por muito que goste delas
Ainda gosto mais de ti.*

(Fernando Pessoa, O Melhor do Mundo São as Crianças, p. 16)


* Provavelmente, o primeiro poema de Fernando Pessoa: está datado de 26/07/1895, quando o poeta tinha apenas 7 anos.

15 março 2011

Dia Mundial dos Direitos do Consumidor

Um dia, num restaurante, fora do espaço e do tempo,
Serviram-me o amor como dobrada fria.
Disse delicadamente ao missionário da cozinha
Que a preferia quente,
Que a dobrada (e era à moda do Porto) nunca se come fria.

Impacientaram-se comigo.
Nunca se pode ter razão, nem num restaurante.
Não comi, não pedi outra coisa, paguei a conta,
E vim passear para toda a rua.

[...]

(Álvaro de Campos, “Dobrada à moda do Porto”, Poesia, 198, p. 510)

14 fevereiro 2011

Dia dos Namorados

Quando puderes dizer o teu grande amor, deixa o teu grande amor de ser grande.

(Pantaleão, Aforismos e afins, p. 51)



Fotografia de Ofélia Queirós (1900–1991)


(Fotobiografias do Século XX: Fernando Pessoa, p. 131)

14 fevereiro 2010

Dia dos Namorados

[...] decidi abdicar do amor como de um problema insolúvel.

(Barão de Teive, A Educação do Estóico, p. 22)


Pessoa com coração no colarinho
Aguarela de Hermenegildo Sábat
(Fonte: Público)

Amor

Love is a mortal sample of immortality.

[ O amor é uma amostra mortal da imortalidade. ]

(Fernando Pessoa, Aforismos e afins, p. 45
Escritos Autobiográficos, Automáticos e de Reflexão Pessoal,
comunicação mediúnica n.º 74, p. 326; em inglês no original)


Aimer c’est s’y méprendre.

[ Amar é equivocar-se. ]

(Fernando Pessoa, Aforismos e afins, p. 46; em francês no original)

Amor à dobrada

Mas, se eu pedi amor, porque é que me trouxeram
Dobrada à moda do Porto fria?

(Álvaro de Campos, “Dobrada à moda do Porto”, Poesia, 198, p. 510)

14 fevereiro 2009

Dia de “São” Valentim

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

(Álvaro de Campos, Poesia, 225, p. 550)


Aguarela de Hermenegildo Sábat
(Fonte: Público)


Não o amor, mas os arredores é que vale a pena...

(Bernardo Soares, Livro do Desassossego, 271, p. 265)