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13 fevereiro 2013

68 anos do início do bombardeamento de Dresden (1945)

A criança loura
Jaz no meio da rua.
Tem as tripas de fora
E por uma corda sua
Um comboio que ignora.

(Fernando Pessoa, Poesia (1902–1917), pp. 213–214)

20 janeiro 2013

71 anos da adopção da “Solução Final para o Problema Judaico” (1942)

Germany, properly speaking, is not civilized also. It has gone the wrong way, but it has gone organisedly on that wrong way.

(Fernando Pessoa, Pessoa Inédito, 168, p. 298; em inglês no original)



[ A Alemanha, propriamente falando, também não é civilizada. Tomou o caminho errado, mas caminhou organizadamente nesse caminho errado. ]

(idem, p. 299)

18 janeiro 2013

142 anos da proclamação do II Reich Alemão (1871)

[...] a tradição do velho império alemão alimentou aqueles românticos alemães modernos por quem o orgulho alemão, renascendo, veio, nas mãos de Bismarck, a criar o grande império actual; [...]

(Fernando Pessoa, “Ibéria”, Ultimatum e Páginas de Sociologia Política, 25, p. 192)

28 dezembro 2012

117 anos da invenção do cinematógrafo pelos irmãos Lumière (1895)

Except the Germans and the Russians, no one has as yet been able to put anything like art into the cinema. The circle cannot be squared there.

(Fernando Pessoa, “Erostratus”, Páginas de Estética e de Teoria e Crítica Literárias, VIII, 36, p. 209;
em inglês no original)




[ À excepção dos alemães e dos russos, ninguém por enquanto conseguiu insuflar no cinema algo que se pareça com arte. Aí não há como quadrar o círculo. ]

(idem, p. 258; trad. Jorge Rosa, com alterações)

12 novembro 2012

Visita-relâmpago de Angela Merkel a Portugal

Essa elefantíase da civilização que é a Alemanha, [...]

(Fernando Pessoa, Sobre Portugal — Introdução ao Problema Nacional, 88, p. 238)

09 novembro 2012

74 anos da Kristallnacht, noite de violência antijudaica por toda a Alemanha Nazi (1938)

Abram todas as portas!
Partam os vidros das janelas!

(Álvaro de Campos, “Saudação a Walt Whitman”, Poesia, 24p, p. 182)

23 anos da queda do Muro de Berlim (1989)

Grande libertador
Que arrasaste os muros da cadeia velha

(Álvaro de Campos, “A Partida”, Poesia, 27o, p. 233)

13 agosto 2012

51 anos do início da construção do Muro de Berlim (1961)

O olhar não atravessa os muros da sombra,

(Álvaro de Campos, Poesia, 25, p. 190)

10 maio 2012

79 anos do Bücherverbrennung, queima pública de livros «pouco alemães» pelo regime nazi (1933)

«Burn the book well, hangman,
Burn it to the last leaf,
[...]

«His works, his books, his poems
To fire’s oblivion fling;
Let ashes remain of all this.
Remains there anything?»


(Alexander Search, “Priest and Hangman”, Poesia, 88, pp. 192/194; em inglês no original)




[ «Queima esse livro, carrasco,
Queima-o até à última folha,
[...]

«Seus livros, obras, poemas,
Lança ao fogo, ao esquecimento!
Que deles só fiquem cinzas.
Algo sobra de momento? ]


(“O Padre e o Carrasco”, pp. 193/195; trad. Luísa Freire, com alterações)

21 janeiro 2012

Campanhas anti-Maçonaria: em boa companhia

De resto, têm os srs. deputados a prova prática em o que tem sucedido noutros países onde se tem pretendido suprimir as Obediências maçónicas. Ponho de parte o caso da Rússia, porque não sei concretamente o que ali se passou: sei apenas que os Sovietes, corno todo o comunismo, são violentamente anti-maçónicos e que perseguiram a Maçonaria; e também sei que pouco teriam que perseguir pois na Rússia quase não havia Maçonaria. Considerarei os casos da Itália, da Espanha e da Alemanha.

Mussolini procedeu contra a Maçonaria, isto é, contra o Grande Oriente de Itália mais ou menos nos termos pagãos do projecto do Sr. José Cabral. Não sei se perseguiu muita gente, nem me importa saber. O que sei, de ciência certa, é que o Grande Oriente de Itália é um daqueles mortos que continuam de perfeita saúde. Mantém-se, concentra-se, tem-se depurado, e lá está à espera; se tem em que esperar é outro assunto. O camartelo do Duce pode destruir o edifício do comunismo italiano; não tem força para abater colunas simbólicas, vazadas num metal que procede da Alquimia.

Primo de Rivera procedeu mais brandamente, conforme a sua índole fidalga, contra a Maçonaria Espanhola. Também sei ao certo qual foi o resultado — o grande desenvolvimento, numérico como político, da Maçonaria em Espanha. Não sei se alguns fenómenos secundários, como, por exemplo, a queda da Monarquia, teriam qualquer relação com esse facto.

Hitler, depois de se ter apoiado nas três Grandes Lojas cristãs da Prússia, procedeu segundo o seu admirável costume ariano de morder a mão que lhe dera de comer. Deixou em paz as outras Grandes Lojas — as que o não tinham apoiado nem eram cristãs e, por intermédio de um tal Goering, intimou aquelas três a dissolverem-se. Elas disseram que sim — aos Goerings diz-se sempre que sim — e continuaram a existir. Por coincidência, foi depois de se tomar essa medida que começaram a surgir cisões e outras dificuldades adentro do partido nazi. A história, como o Sr. José Cabral deve saber, tem muitas destas coincidências.

(Fernando Pessoa, “Associações Secretas”, Da República (1910–1935), 132, pp. 395–396)

09 dezembro 2011

Alemanha, França e Reino Unido mantêm o impasse na resolução da situação europeia

O que é preciso ter é [...] uma noção do meio internacional, de não ter a alma (ainda que obscuramente) limitada pela nacionalidade. [...] É preciso ter a alma na Europa.

(Fernando Pessoa, Pessoa Inédito, 180, p. 314)

11 novembro 2011

93 anos do fim da I Guerra Mundial (1918)

[...] o conflito entre a Brutalidade, representada pelos Alemães, e a Estupidez, que os Aliados encarnavam. [...]

(Fernando Pessoa, “Cinco Diálogos”, Ultimatum e Páginas de Sociologia Política, 65, p. 317)

04 junho 2011

70 anos da morte de Guilherme II da Alemanha (1941)

Aí! Que fazes tu na celebridade, Guilherme Segundo da Alemanha, canhoto maneta do braço esquerdo, Bismarck sem tampa a estorvar o lume?!

(Álvaro de Campos, “Ultimatum”, Prosa Publicada em Vida, p. 280)

30 abril 2011

66 anos do suicídio de Adolf Hitler (1945)

Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.

(Álvaro de Campos, “Lisbon Revisited” (1926), Poesia, 65, p. 300)

30 setembro 2010

72 anos do Acordo de Munique, que entregou a região checa dos Sudetas à Alemanha Nazi (1938)

Sempre que, em qualquer coisa, tive um rival ou a possibilidade de um rival, desde logo abdiquei sem hesitar.

(Barão de Teive, A Educação do Estóico, p. 20)

13 agosto 2010

49 anos do início da construção do Muro de Berlim (1961)

Mais terrível de que qualquer [outro] muro, pus grades altíssimas a demarcar o jardim do meu ser, de modo que, vendo perfeitamente os outros, perfeitissimamente eu os excluo e mantenho outros.

(Bernardo Soares, Livro do Desassossego, 120, p. 142)

22 junho 2010

70 anos da capitulação da França perante a Alemanha Nazi (1940)

Tu, «esforço francês», galo depenado com a pele pintada de penas! (Não lhe dêem muita corda senão parte-se!)

(Álvaro de Campos, “Ultimatum”, Prosa Publicada em Vida, p. 280)

18 fevereiro 2010

464 anos da morte de Martinho Lutero (1546)

A mais nítida obra civilizacional alemã do passado foi a Reforma. [...]

(Fernando Pessoa, Ultimatum e Páginas de Sociologia Política, 29, p. 202)

20 janeiro 2010

68 anos da adopção da “Solução Final para o Problema Judaico” (1942)

E se houver outros que faltem, procurem-nos aí p’ra um canto!

(Álvaro de Campos, “Ultimatum”, Prosa Publicada em Vida, p. 280)

09 novembro 2009

09 Nov 1989: O Comunismo caía de podre

Tudo isso nós perdemos, de todas essas consolações nascemos órfãos.

(Bernardo Soares, Livro do Desassossego, 306, p. 289)