(Fernando Pessoa, Correspondência (1923–1935), 162, p. 345)
Mostrar mensagens com a etiqueta Monarquia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Monarquia. Mostrar todas as mensagens
13 fevereiro 2013
94 anos do fim da “Monarquia do Norte”, com a entrada das forças republicanas no Porto (1919)
[...] [Ricardo Reis] vive no Brasil desde 1919, pois se expatriou espontaneamente por ser monárquico. [...]
19 janeiro 2013
94 anos do início da “Monarquia do Norte” (1919)
[...] Fixemos isto: ser monárquico é, hoje, em Portugal, ser traidor à alma nacional e ao futuro da Pátria Portuguesa. [...]
(Fernando Pessoa, “Reincidindo...”, Crítica, p. 34)
14 dezembro 2012
94 anos do assassinato de Sidónio Pais (1918)
Quem ele foi sabe-o a Sorte,
Sabe-o o Mistério e a sua lei
A Vida fê-lo herói, e a Morte
O sagrou Rei!
Não é com fé que nós não cremos
Que ele não morra inteiramente.
Ah, sobrevive! Inda o teremos
Em nossa frente.
[...]
Precursor do que não sabemos,
Passado de um futuro a abrir
No assombro de portais extremos
Por descobrir.
Sê estrada, gládio, fé, fanal,
Pendão de glória em glória erguido!
Tornas possível Portugal
Por teres sido!
Não era extinta a antiga chama
Se tu e o amor puderam ser.
Entre clarins te a glória aclama,
Morto a vencer!
E, porque foste, confiando
Em QUEM SERÁ porque tu foste,
Ergamos a alma, e com o infando
Sorrindo arroste,
Até que Deus o laço solte
Que prende à terra a asa que somos,
E a curva novamente volte
Ao que já fomos,
E no ar de bruma que estremece
(Clarim longínquo matinal!)
O DESEJADO enfim regresse
A Portugal!
Sabe-o o Mistério e a sua lei
A Vida fê-lo herói, e a Morte
O sagrou Rei!
Não é com fé que nós não cremos
Que ele não morra inteiramente.
Ah, sobrevive! Inda o teremos
Em nossa frente.
[...]
Precursor do que não sabemos,
Passado de um futuro a abrir
No assombro de portais extremos
Por descobrir.
Sê estrada, gládio, fé, fanal,
Pendão de glória em glória erguido!
Tornas possível Portugal
Por teres sido!
Não era extinta a antiga chama
Se tu e o amor puderam ser.
Entre clarins te a glória aclama,
Morto a vencer!
E, porque foste, confiando
Em QUEM SERÁ porque tu foste,
Ergamos a alma, e com o infando
Sorrindo arroste,
Até que Deus o laço solte
Que prende à terra a asa que somos,
E a curva novamente volte
Ao que já fomos,
E no ar de bruma que estremece
(Clarim longínquo matinal!)
O DESEJADO enfim regresse
A Portugal!
(Fernando Pessoa, “À Memória do Presidente-Rei Sidónio Pais”, Poesia (1918–1930), pp. 117 e 123–124)
Etiquetas:
Crime,
Falecimento,
História de Portugal,
Monarquia,
República,
Sebastianismo
11 novembro 2012
151 anos da morte de D. Pedro V (1861)
D. PEDRO V
Quando Deus viu que o rei D. Pedro Quinto
Longe de má pessoa, com acinto
Ao bem e à verdade se cingia
Assobiou e resmungou «errei
Lá vai este destoar, por ser bom rei,
Daquela estuporada dinastia
Que eu destinara a exemplificar
Perante o mundo o mal da monarquia
Nada, volva a infâmia ao seu lugar
Se não com este era a obra desfeita
Da infâmia completa de governar
Que nos Bragança ia tão perfeita.»
Matou-o novo pois para não destoar.
(Fernando Pessoa, Pessoa Inédito, 203, p. 341)
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Falecimento,
História de Portugal,
Monarquia
05 outubro 2012
102 anos da Implantação da República (1910)
O observador imparcial chega a uma conclusão inevitável: o país estaria preparado para a anarquia; para a república é que não estava. Grandes são as virtudes de coesão nacional e de brandura particular do povo português para que essa anarquia que está nas almas não tenha nunca verdadeiramente transbordado para as coisas!
Bandidos da pior espécie (muitas vezes, pessoalmente, bons rapazes e bons amigos — porque estas contradições, que aliás o não são, existem na vida), gatunos com seu quanto de ideal verdadeiro, anarquistas-natos com grandes patriotismos íntimos — de tudo isto vimos na açorda falsa que se seguiu à implantação do regime a que, por contraste com a monarquia que o precedera, se decidiu chamar República.
Bandidos da pior espécie (muitas vezes, pessoalmente, bons rapazes e bons amigos — porque estas contradições, que aliás o não são, existem na vida), gatunos com seu quanto de ideal verdadeiro, anarquistas-natos com grandes patriotismos íntimos — de tudo isto vimos na açorda falsa que se seguiu à implantação do regime a que, por contraste com a monarquia que o precedera, se decidiu chamar República.
(Fernando Pessoa, Da República (1910–1935), 47, p. 149)
O nosso Presidente é que deve saber:
Fotografia de de Natacha Cardoso (Global Imagens)
Por isso, refazemos aqui o calendário de Outubro:
01 fevereiro 2012
104 anos do Regicídio de D. Carlos (1908)
[...] Abre-se um jornal monárquico, colhe-se uma referência à triste figura nacional que foi El-Rei D. Carlos, cujo reinado denotou o báratro da decadência, do desleixo, e da dessídia; e em que termos se referem esses jornais ao Senhor D. Carlos? Em termos que quem não visse o nome por certo julgaria destinados a referir-se a El-Rei D. João II. [...]
(Fernando Pessoa, Sobre Portugal — Introdução ao Problema Nacional, 9, p. 90)
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Crime,
Falecimento,
História de Portugal,
Jornais,
Monarquia,
República
28 outubro 2011
307 anos da morte de John Locke (1704)
[...] Deu-se o caso em Inglaterra, no conflito, em grande parte nacional e especial, entre a monarquia dos Stuarts, conscientemente «de direito divino», e a oposição a ela, que assumiu episodicamente, e em contrário do sentimento da maioria, a forma republicana. Nasceu por fim, depois de pesados anos de perturbações, o chamado constitucionalismo, fórmula de equilíbrio espontâneo, provinda de antigas tradições nacionais em que o fermento de todas as doutrinas anti-monárquicas diversamente se infiltrava. O principal teorista do sistema, tal qual finalmente veio a aparecer, foi Locke, em seu Ensaio sobre o Governo Civil.
(Fernando Pessoa, “O Interregno — Defesa e justificação da ditadura militar em Portugal, III”,
Crítica, pp. 382–383)
Crítica, pp. 382–383)
05 abril 2011
A elite e os ideais políticos ou religiosos
Desde que um homem capaz de fazer obra de escol, isto é, de ciência ou de arte, põe a sua capacidade ao serviço de um ideal religioso ou de um ideal político, trai a sua missão. Um católico não pode examinar o texto do Novo Testamento, pois fatalmente o não poderá examinar com isenção. O estudo de um regime monárquico não pode decentemente ser feito por um republicano — nem por um monárquico.
(Fernando Pessoa, Fernando Pessoa: O Guardador de Papéis, p. 258)
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Arte,
Bíblia,
Ciência,
Cristianismo,
Elite,
Ideologias,
Igreja Católica,
Monarquia,
Política,
República
01 fevereiro 2011
103 anos do Regicídio de D. Carlos (1908)
[...] as grandes convicções valem exércitos. Com dois homens se fez o regicídio.
(Fernando Pessoa, “Petição a favor de William Shakespeare, traduzido”, Pessoa Inédito, 93, p. 221)
29 novembro 2010
203 anos da fuga da família real portuguesa para o Brasil (1807)
Quando nos iremos, ah quando iremos de aqui?
Quando, [...]
Do meio destas vontades involuntariamente
Tão contrárias à minha, tão contrárias a mim?!
Ah, navio que partes, que tens por fim partir,
Navio com velas, [...] navio com remos,
Navio com qualquer coisa com que nos afastemos,
Navio de qualquer modo deixando atrás esta costa,
Quando, [...]
Do meio destas vontades involuntariamente
Tão contrárias à minha, tão contrárias a mim?!
Ah, navio que partes, que tens por fim partir,
Navio com velas, [...] navio com remos,
Navio com qualquer coisa com que nos afastemos,
Navio de qualquer modo deixando atrás esta costa,
(Álvaro de Campos, Poesia, 61, p. 292)
Etiquetas:
* Álvaro de Campos,
Brasil,
Guerra,
Heterónimos e afins,
História de Portugal,
Monarquia
07 novembro 2010
93 anos da Revolução Bolchevique (1917)*
O gado russo, aqueles animais a que se chama o povo russo... Há alguém que, a sério, julgue que a Revolução Russa transformou alguma coisa de fundamental? O Império do Czar vivia em anarquia governativa, em analfabetismo de letras e de energias; crê alguém que o bolchevismo eliminou a anarquia, crê alguém que o bolchevismo eliminou a tirania, crê alguém que o mero aparecimento de uns pobres cérebros românticos a mandar, sem a preparação científica para o pensamento ou para a acção [ ]
Os bolchevistas são cristãos sem religião; têm a mentalidade cristã, acreditam no milagre, porque julgam que uma sociedade se transforma de um dia para o outro [...].
* 25 de Outubro, no Calendário Juliano, então em uso na Rússia.
Os bolchevistas são cristãos sem religião; têm a mentalidade cristã, acreditam no milagre, porque julgam que uma sociedade se transforma de um dia para o outro [...].
(Fernando Pessoa, Sobre Portugal — Introdução ao Problema Nacional, 11, p. 114)
* 25 de Outubro, no Calendário Juliano, então em uso na Rússia.
05 outubro 2010
100 anos da Implantação da República (1910)
Num mar de mijo havia um penico sem tampa
Mesmo tapado tinha o que contém: só trampa.
Dum malídoro vento ele boia ao sabor
Que em si tem incerteza;
Eis o símbolo (deixo o detalhe ao leitor)
Da monarquia portuguesa.

Mesmo tapado tinha o que contém: só trampa.
Dum malídoro vento ele boia ao sabor
Que em si tem incerteza;
Eis o símbolo (deixo o detalhe ao leitor)
Da monarquia portuguesa.
(Joaquim Moura Costa, Pessoa Inédito, 202, p. 341)

Ilustração de Fernando Carvall
Monarquia Portuguesa vs. Primeira República: descubra as diferenças
[...] A República Velha falhou mesmo como fenómeno destrutivo: destruiu mal e destruiu por maus processos.
Destruiu mal porque destruiu pouco. Destruir a Monarquia não é só tirar o Rei: é também, é sobretudo substituir os tipos de mentalidade governantes por outros tipos de mentalidade. [...]
A República Velha nada alterou das tradições desonrosas da Monarquia. Mudou apenas a maneira de cometer os erros; os erros continuaram sendo os mesmos. Em vez de um regime católico, um regime anticatólico, isto é, um regime que logo arregimentava como inimigos os católicos. Em vez de uma República portuguesa, de um regime nacional, uma república francesa em Portugal. E assim como a Monarquia Constitucional havia sido um sistema inglês (ou anglo-francês) sobreposto à realidade da Pátria Portuguesa, a República Velha foi um sistema francês sobreposto à mesma realidade pátria. No que respeita aos erros de administração — a incompetência, a imoralidade, o caciquismo — ficámos na mesma, mudando apenas os homens que faziam asneiras, que praticavam roubos e que escamoteavam “eleições”. De sorte que a República Velha era a Monarquia sem Rei. [...]
Destruiu mal porque destruiu pouco. Destruir a Monarquia não é só tirar o Rei: é também, é sobretudo substituir os tipos de mentalidade governantes por outros tipos de mentalidade. [...]
(Fernando Pessoa, Da República (1910–1935), 98, p. 243)
A República Velha nada alterou das tradições desonrosas da Monarquia. Mudou apenas a maneira de cometer os erros; os erros continuaram sendo os mesmos. Em vez de um regime católico, um regime anticatólico, isto é, um regime que logo arregimentava como inimigos os católicos. Em vez de uma República portuguesa, de um regime nacional, uma república francesa em Portugal. E assim como a Monarquia Constitucional havia sido um sistema inglês (ou anglo-francês) sobreposto à realidade da Pátria Portuguesa, a República Velha foi um sistema francês sobreposto à mesma realidade pátria. No que respeita aos erros de administração — a incompetência, a imoralidade, o caciquismo — ficámos na mesma, mudando apenas os homens que faziam asneiras, que praticavam roubos e que escamoteavam “eleições”. De sorte que a República Velha era a Monarquia sem Rei. [...]
(Fernando Pessoa, Da República (1910–1935), 101, p. 249)
03 outubro 2010
100 anos da morte de Miguel Bombarda (1910)
[...] The Portuguese Monarchy was overthrown by two regiments, two cruisers and a handful of civilians. The Portuguese Revolution, which no one expected, was caused by the shooting of a Republican leader, Prof. Bombarda, director of the Lisbon Lunatic Asylum, by a madman — an act which no one connected, or thought of connecting, with politics. Out of such minorities, and of such absurdities, does triumph emerge. [...]
[ [...] A Monarquia Portuguesa foi derrubada por dois regimentos, dois cruzadores e uma mão-cheia de civis. A Revolução Portuguesa, que ninguém esperava, foi causada pelo assassinato de um líder republicano, o Prof. Bombarda, director do Hospital Psiquiátrico de Lisboa, por um louco — um acto que ninguém ligou, ou pensou ligar, à política. De tais minorias, e de tais absurdos, é que o triunfo emerge. [...] ]
(Fernando Pessoa, Da República (1910–1935), 120, pp. 367–368; em inglês no original)
[ [...] A Monarquia Portuguesa foi derrubada por dois regimentos, dois cruzadores e uma mão-cheia de civis. A Revolução Portuguesa, que ninguém esperava, foi causada pelo assassinato de um líder republicano, o Prof. Bombarda, director do Hospital Psiquiátrico de Lisboa, por um louco — um acto que ninguém ligou, ou pensou ligar, à política. De tais minorias, e de tais absurdos, é que o triunfo emerge. [...] ]
(p. 372; tradução com alterações)
28 maio 2010
84 anos da Revolução de 28 de Maio de 1926
Vindos [os republicanos] ao poder, e posta em prática a sua pseudo-reforma, viu logo o país que a abolição da Monarquia não tinha abolido a política monárquica, porque a imoralidade e o caciquismo continuaram. Era a adaptação dos recém-vindos ao meio governativo. Em um país imoral não se pode governar senão imoralmente. É de ordem biológica a razão. [...]
E vendo isto, o país, que é estúpido, virou-se contra os homens da República. É que o país tem a mentalidade dos idiotas e queria milagres. Supunham os portugueses que uma revolução traz benefícios; e supunham bem; mas supunham que os traz logo no dia seguinte [...]. Aquelas mentalidades ainda estavam no milagre. Incapazes de pensar cientificamente, não meditaram que o que se segue a uma revolução é a anarquia, anarquia tão profunda quanto o foi a tirania que a precedeu, e contra a qual reagiu essa revolução; e que só depois de ter passado o período anárquico da revolução é que lentamente chega o período das reformas, para o qual, afinal, a revolução foi instintivamente feita. [...]
E vendo isto, o país, que é estúpido, virou-se contra os homens da República. É que o país tem a mentalidade dos idiotas e queria milagres. Supunham os portugueses que uma revolução traz benefícios; e supunham bem; mas supunham que os traz logo no dia seguinte [...]. Aquelas mentalidades ainda estavam no milagre. Incapazes de pensar cientificamente, não meditaram que o que se segue a uma revolução é a anarquia, anarquia tão profunda quanto o foi a tirania que a precedeu, e contra a qual reagiu essa revolução; e que só depois de ter passado o período anárquico da revolução é que lentamente chega o período das reformas, para o qual, afinal, a revolução foi instintivamente feita. [...]
(Fernando Pessoa, Da República (1910–1935), 98, p. 245)
01 fevereiro 2010
102 anos do Regicídio de D. Carlos (1908)
A maravilhosa beleza das corrupções políticas,
Deliciosos escândalos financeiros e diplomáticos,
Agressões políticas nas ruas,
E de vez em quando o cometa dum regicídio
Que ilumina de Prodígio e Fanfarra os céus
Usuais e lúcidos da Civilização quotidiana!
O Regicídio, e, depois, a Revolução, foram os dois fenómenos que chamaram sobre nós, embora imperfeitamente, a atenção do estrangeiro. Quer dizer: em vez de desconhecidos, passámos a ser mal conhecidos. Antes, nada se sabia de nós; passaram a saber-se de nós coisas inteiramente falsas. O conhecimento que o estrangeiro tem de nós oscila entre o nada e o erro.
Deliciosos escândalos financeiros e diplomáticos,
Agressões políticas nas ruas,
E de vez em quando o cometa dum regicídio
Que ilumina de Prodígio e Fanfarra os céus
Usuais e lúcidos da Civilização quotidiana!
(Álvaro de Campos, “Ode Triunfal”, Poesia, 8, pp. 83–84)
O Regicídio, e, depois, a Revolução, foram os dois fenómenos que chamaram sobre nós, embora imperfeitamente, a atenção do estrangeiro. Quer dizer: em vez de desconhecidos, passámos a ser mal conhecidos. Antes, nada se sabia de nós; passaram a saber-se de nós coisas inteiramente falsas. O conhecimento que o estrangeiro tem de nós oscila entre o nada e o erro.
(Fernando Pessoa, Pessoa Inédito, 175, p. 309)
05 outubro 2009
99 anos da implantação da República (1910)
Propriamente falando, eu não combato a monarquia; combato a monarquia portuguesa. [...] A monarquia portuguesa aí está! Basta olhar para ela. Não há melhor argumento.
(Pantaleão, Pessoa por Conhecer, vol. II, 160, p. 211)

13 maio 2009
Fé e virtudes dos reaccionários portugueses
Uma coisa, e uma só, me preocupa: que com este artigo eu contribua, em qualquer grau, para estorvar os reaccionários portugueses em um dos seus maiores e mais justos prazeres — o de dizer asneiras. Confio, porém, na solidez pétrea das suas cabeças e nas virtudes imanentes naquela fé firme e totalitária que dividem, em partes iguais, entre Nossa Senhora de Fátima e o senhor D. Duarte Nuno de Bragança.
(Fernando Pessoa, Escritos Autobiográficos, Automáticos e de Reflexão Pessoal, pp. 201–202)
Subscrever:
Mensagens (Atom)