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21 fevereiro 2011

163 anos do Manifesto do Partido Comunista (1848)

A aristocracia tem por norma a arte; a classe média tem por norma a vida social; o povo tem por norma a religião. Pela palavra religião entende-se a crença numa coisa absolutamente indemonstrável — e em geral impossível — que se crê ser a essência e o fim principal da vida. São religiões, não só as religiões assim chamadas, mas também as doutrinas radicais todas, e as crenças sinceras na igualdade humana, na justiça, na fraternidade, e em outros mitos igualmente vazios de realidade e de realização. Para que sejam religiões é preciso, porém, acreditar que são realizáveis. Desde que um homem use desses mitos para ganhar a vida, ou para intrujar o povo — como fazem grande número de chefes operários — deixa de ser da plebe, e passa a ser da classe superior. Faz muito bem.

(Fernando Pessoa, Pessoa por Conhecer, vol. II, 63, pp. 85–86)

07 fevereiro 2010

532 anos do nascimento de Thomas More (1478)

Que tragédia não acreditar na perfectibilidade humana!...
— E que tragédia acreditar nela!

(Bernardo Soares, Livro do Desassossego, 288, p. 276)

09 novembro 2009

09 Nov 1989: O Comunismo caía de podre

Tudo isso nós perdemos, de todas essas consolações nascemos órfãos.

(Bernardo Soares, Livro do Desassossego, 306, p. 289)

13 outubro 2009

Fátima ou Lenine, tanto dá

O ódio à ciência, às leis naturais, é o que caracteriza a mentalidade popular. O milagre é o que o povo quer, é o que o povo compreende. Que o faça Nossa Senhora de Lourdes ou de Fátima, ou que o faça Lenine — nisso só está a diferença.

(Fernando Pessoa, Escritos Autobiográficos, Automáticos e de Reflexão Pessoal, p. 375)

18 julho 2009

312 anos da morte de Padre António Vieira (1697)

Cada um de nós tem um Quinto Império no bairro [...]

(Fernando Pessoa, “Ecolalia interior”, Sobre Portugal — Introdução ao Problema Nacional, 3, p. 79)

02 maio 2009

41 anos do Maio de 68

Toda a revolução é essencialmente inútil. [...] Uma revolução pode pois definir-se «um modo violento de deixar tudo na mesma».

(Fernando Pessoa, Pessoa por Conhecer, vol. II, 45, pp. 71–72)

21 fevereiro 2009

161 anos do Manifesto do Partido Comunista (1848)

Ditosos os fazedores de sistemas pessimistas!

(Bernardo Soares, Livro do Desassossego, 127, p. 149)