(Fernando Pessoa, Fernando Pessoa: O Guardador de Papéis, p. 258)
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30 abril 2011
A função social da dúvida
A função do escol não é orientar, porque é duvidar, e com a dúvida não se orienta. A sua função é criar uma atmosfera de inteligência, de cultura livre, por meio da qual os fanáticos sintam o seu fanatismo mais atenuado, os seguros de si hesitem de vez em quando, os que trazem a verdade na algibeira vão de vez em quando verificar se ela está lá.
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01 abril 2011
Dia das Mentiras
Não se preocupem comigo: também tenho a verdade.
Tenho-a a sair da algibeira como um prestidigitador.
Tenho-a a sair da algibeira como um prestidigitador.
(Álvaro de Campos, Poesia, 110, p. 379)
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24 novembro 2010
378 anos do nascimento de Baruch Espinosa (1632)
Spinoza. Here at last the genius appears, true genius, having that which Descartes had not, the fearlessness and the lack of respect for the established. Honours to the master-thinker who, prosecuted, hated, accurst, stood by truth, lived for truth, suffered for (the sake of) truth!
[ Espinosa. Aqui finalmente surge o génio, verdadeiro génio, tendo aquilo que Descartes não tinha, a temeridade e a falta de respeito pelo estabelecido. Honras ao mestre-pensador que, perseguido, odiado, maldito, manteve-se com a verdade, viveu para a verdade, sofreu em prol da verdade! ]
(Fernando Pessoa, Textos Filosóficos, vol. II, p. 203; em inglês no original)
[ Espinosa. Aqui finalmente surge o génio, verdadeiro génio, tendo aquilo que Descartes não tinha, a temeridade e a falta de respeito pelo estabelecido. Honras ao mestre-pensador que, perseguido, odiado, maldito, manteve-se com a verdade, viveu para a verdade, sofreu em prol da verdade! ]
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01 abril 2010
Dia das Mentiras
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta.
Se é mentira, escreve leve.
Se é verdade, não tem tinta.
Tenho escrito mais versos que verdade.
Aquilo que eu sempre sinta.
Se é mentira, escreve leve.
Se é verdade, não tem tinta.
(Fernando Pessoa, Quadras, I, 111, p. 38)
Tenho escrito mais versos que verdade.
(Álvaro de Campos, Poesia, 144, p. 434)
02 março 2010
O tédio e as certezas
O tédio... Quem tem Deuses nunca tem tédio. O tédio é a falta de uma mitologia. [...] Sim, o tédio é isso: a perda, pela alma, da sua capacidade de se iludir, a falta, no pensamento, da escada inexistente por onde ele sobe sólido à verdade.
(Bernardo Soares, Livro do Desassossego, 263, p. 260)
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25 janeiro 2010
Religiosidade
No fundo, o homem religioso é um hedonista. O instinto religioso das massas é um instinto de prazer, de ter tudo resolvido na vida. Deter-se só perante a Verdade é doloroso para o homem. A Realidade é muda e fria.
(Fernando Pessoa, Aforismos e afins, p. 50)
25 dezembro 2009
Natal
Nasce um deus. Outros morrem. A Verdade
Nem veio nem se foi: o Erro mudou.
Nem veio nem se foi: o Erro mudou.
(Fernando Pessoa, “Natal”, Poesia (1918–1930), p. 184)
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16 novembro 2009
Dia Internacional para a Tolerância
Toda a sinceridade é uma intolerância.
(Bernardo Soares, Livro do Desassossego, 276, p. 267)
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03 outubro 2009
Ironia: modo de usar
Pela primeira vez na minha vida fabriquei uma bomba. Cerquei o seu dinamite de verdade com um invólucro de raciocínio; pus-lhe um rastilho de humorismo.
(Fernando Pessoa, Da República (1910–1935), 150, p. 419)
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01 outubro 2009
60 anos da fundação da República Popular da China (1949)
Quedar-nos-emos indiferentes à verdade ou mentira de todas as religiões, de todas as filosofias, de todas as hipóteses inutilmente verificáveis a que chamamos ciências. Tão-pouco nos preocupará o destino da chamada humanidade, ou o que sofra ou não sofra em seu conjunto. Caridade, sim, para com o «próximo» como no Evangelho se diz, e não com o homem, de que nele se não fala. E todos, até certo ponto assim somos: que nos pesa, ao melhor de nós, um massacre na China? Mais nos dói, ao que de nós mais imagine, a bofetada injusta que vimos dar na rua a uma criança.
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[...] senti sempre os movimentos humanos — as grandes tragédias colectivas da história ou do que dela fazem — como frisos coloridos, vazios da alma dos que passam neles. Nunca me pesou o que de trágico se passasse na China. É decoração longínqua, ainda que a sangue e peste.
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[...] senti sempre os movimentos humanos — as grandes tragédias colectivas da história ou do que dela fazem — como frisos coloridos, vazios da alma dos que passam neles. Nunca me pesou o que de trágico se passasse na China. É decoração longínqua, ainda que a sangue e peste.
(Bernardo Soares, Livro do Desassossego, 447, p. 394 & 165, p. 178)
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01 abril 2009
“Eduquês”
Preciso de verdade e de aspirina.
(Álvaro de Campos, Poesia, 147, p. 439)
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Teólogos e Ideólogos
Se têm a verdade, guardem-na!
(Álvaro de Campos, “Lisbon Revisited” (1923), Poesia, 47, p. 271)
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