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05 janeiro 2012

Continua a não me lembrar nada nem ninguém...

[...] louvores [...] néscios
São-lhe a mesma distância
De todos os seus dias...

(Ricardo Reis, Poesia, Anexo B, XVa, p. 173)

02 janeiro 2012

Uma vez mais, não me lembra nada nem ninguém (ano novo, tudo como dantes...)

Ora porra!
[...]
Então é esta merda que temos
de beber com os olhos?
Filhos da puta! Não, que nem
há puta que os parisse.

(Álvaro de Campos, Poesia, 22, p. 146)

28 dezembro 2011

Também não me lembra nada nem ninguém...

[...] passai por baixo do meu Desprezo! [...]
[...]
Passai, frouxos que tendes a necessidade de serdes os istas de qualquer ismo!
Passai, radicais do Pouco, incultos do Avanço, que tendes a ignorância por coluna da audácia, que tendes a impotência por esteio das neo-teorias!
Passai, gigantes de formigueiro, [...]
Passai, esterco epileptóide sem grandezas, histerialixo dos espectáculos, [...]
Passai, bolor do Novo, mercadoria em mau estado desde o cérebro de origem!
Passai à esquerda do meu Desdém virado à direita, [...]
[...]
Passai, «finas sensibilidades» pela falta de espinha dorsal; [...]
[...]
Eu, ao menos, sou uma grande Ânsia, do tamanho exacto do Possível!
Eu, ao menos sou da estatura da Ambição Imperfeita, mas da Ambição para Senhores, não para escravos!
Ergo-me, ante o sol que desce, e a sombra do meu Desprezo anoitece em vós!

(Álvaro de Campos, “Ultimatum”, Prosa Publicada em Vida, pp. 282, 283 e 286)

27 dezembro 2011

Não me lembra nada nem ninguém...

OLIGARQUIA DAS BESTAS


Lama de portugueses, esterco de gente, sem uma ideia grande nem um sentimento generoso, [...]

(Fernando Pessoa, Da República (1910–1935), 75, p. 181)

03 setembro 2011

Hoje acordei assim...

Raios partam a vida e quem lá ande!...

(Álvaro de Campos, “Três Sonetos”, Poesia, 4.III, p. 58)

29 junho 2011

Heteronimia

Dar a cada emoção uma personalidade, a cada estado de alma uma alma.

(Bernardo Soares, Livro do Desassossego, 26, p. 63)



O desdobramento do eu é um fenómeno em grande número de casos de masturbação.

(Fernando Pessoa, Pessoa por Conhecer, vol. II, 421, p. 477)



«Fernando Pessoa — Heterónimo»
Pintura de Costa Pinheiro (1978)

15 maio 2011

Dia Internacional das Famílias

A doçura de não ter família nem companhia, esse suave gosto como o do exílio, em que sentimos o orgulho do desterro esbater-nos em volúpia incerta a vaga inquietação de estar longe — tudo isto eu gozo a meu modo, indiferentemente. [...]

(Bernardo Soares, Livro do Desassossego, 199, p. 205)

10 novembro 2010

3 anos do «¿Por qué no te callas?» (2007)

[...] quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;

(Álvaro de Campos, “Poema em linha recta”, Poesia, 41, p. 262)



Cala-te aí, sendeiro! Deixa ouvir.
[...]
A besta não se calará?!

(Fernando Pessoa, Fausto — Tragédia Subjectiva, p. 142)

13 abril 2010

Decadência absoluta

Isto está tudo decadente: já nem decadentes há.

(Fernando Pessoa, Aforismos e afins, p. 24)

14 fevereiro 2010

Dia dos Namorados

[...] decidi abdicar do amor como de um problema insolúvel.

(Barão de Teive, A Educação do Estóico, p. 22)


Pessoa com coração no colarinho
Aguarela de Hermenegildo Sábat
(Fonte: Público)

18 dezembro 2009

18 outubro 2009

Movimento Perpétuo Associativo

Tantos nobres ideais caídos entre o estrume, tantas ânsias verdadeiras extraviadas entre o enxurro!

(Bernardo Soares, Livro do Desassossego, 273, p. 265)

01 julho 2009

As incertezas dos tempos que correm

Que lindo dia o que vemos!
Mas, como estes tempos vão,
É bom que não confiemos...
É melhor dizer que temos,
Não um dia de verão,
Mas um dia de veremos.

(Fernando Pessoa, “Diferença de Pessoa”, Poesia (1931–1935 e não datada), p. 486)

24 junho 2009

Dia de “São” João

No dia de S. João
Há fogueiras e folias.
Gozam uns e outros não,
Tal qual como os outros dias.

(Fernando Pessoa, Quadras, II, 200, p. 104)

18 maio 2009

Dia Internacional dos Museus

Atribuo a este estado de alma a minha repugnância pelos museus. O museu, para mim, é a vida inteira, em que a pintura é sempre exacta, e só pode haver inexactidão na imperfeição do contemplador.

(Bernardo Soares, “O Amante Visual”, Livro do Desassossego, p. 466)

10 maio 2009

Egocentrismo

Há qualquer coisa de vil, de degradante, nesta transposição das nossas mágoas para o universo inteiro;

(Barão de Teive, A Educação do Estóico, p. 31)

Astrologia

[...] o sermos tristes nada prova sobre o estado moral dos astros,

(Barão de Teive, A Educação do Estóico, p. 56)



Carta astral de Fernando Pessoa, feita pelo próprio

01 maio 2009

Dia do Trabalhador

Tudo, quanto penso ou sinto, inevitavelmente se me volve em modos de inércia.

(Barão de Teive, A Educação do Estóico, p. 36)

27 abril 2009

Mal sabes tu o que o dia de amanhã te reserva...

Que nenhum filho da puta se me atravesse no caminho!

(Álvaro de Campos, “Saudação a Walt Whitman”, Poesia, 24a, p. 164)