(Álvaro de Campos, Poesia, 140, p. 428)
Mostrar mensagens com a etiqueta Governo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Governo. Mostrar todas as mensagens
15 março 2013
... que o ministro Vítor Gaspar hoje* não está para ti
Volta amanhã, realidade!
Etiquetas:
* Álvaro de Campos,
Crise,
Economia/Finanças,
Governo,
Heterónimos e afins
28 novembro 2012
Sr. (primeiro-)ministro Vítor Gaspar: aqui tem a sua desculpa, para quando (inevitavelmente) precisar dela!
[...] o mais honesto e desinteressado dos políticos e dos governantes nunca pode saber com certeza se não está arruinando um país ou uma sociedade com os princípios e leis, que julga sãos, com que se propõe salvá-la ou conservá-la.
(Fernando Pessoa, “Régie, Monopólio, Liberdade”, Crítica, p. 281)
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Economia/Finanças,
Estupidez,
Governo
27 novembro 2012
Votação final global do Orçamento de Estado 2013
É preciso criar abismos, para a humanidade que os não sabe saltar se engolfar neles para sempre.
[...]
É nosso dever [...] untar o chão, ainda que seja com lágrimas, para que escorreguem nele os que dançam.
[...]
É nosso dever [...] untar o chão, ainda que seja com lágrimas, para que escorreguem nele os que dançam.
(Álvaro de Campos, “Mensagem ao Diabo”, Pessoa por Conhecer, vol. II, 305, pp. 345–346)
Etiquetas:
* Álvaro de Campos,
Economia/Finanças,
Governo,
Heterónimos e afins
08 setembro 2012
O «cidadão e pai» Pedro Passos Coelho diz aos «amigos» contribuintes o quanto lhe custou anunciar mais medidas de austeridade
Cuidado com as lágrimas, quando são estadistas os que as choram.
(Fernando Pessoa, “O Segredo de Roma”, Pessoa Inédito, 266, p. 422)
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Amizade,
Economia/Finanças,
Governo,
Política,
Tristeza
13 julho 2012
À atenção do Dr. Relvas
As qualidades mentais e morais necessárias para a conquista do poder político, ou tendentes a essa conquista, são inteiramente diferentes daquelas necessárias para governar o Estado. [...]
(Fernando Pessoa, Da República (1910–1935), 112)
04 abril 2012
83 anos da morte do ex-primeiro ministro João Franco (1929)
EPITÁFIO A JOÃO FRANCO
[] na tua campa
O epitáfio solene que mereces
«Foi melhorando, desde a vida à morte.
Pois será pó, é podridão, foi trampa.»
(Fernando Pessoa, Pessoa Inédito, 205, p. 343)
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Falecimento,
Governo,
Portugal
22 março 2012
Greve de 22/03/2012: PSP carrega no Chiado e agride dois jornalistas

«± PESSOA JORNALISTA ±»
Fotografia publicada no Facebook pelo artista de intervenção
±MAISMENOS± (Miguel Januário)
Fotografia publicada no Facebook pelo artista de intervenção
±MAISMENOS± (Miguel Januário)
Etiquetas:
Governo,
Iconografia,
Polícia,
Portugal,
Violência
10 março 2012
Jobs for the boys?
Professional improbity and inefficiency are perhaps the distinctive characteristics of our age.
[ A improbidade e a ineficiência profissionais são talvez as características distintivas da nossa era. ]
(Fernando Pessoa, “Erostratus”, Páginas de Estética e de Teoria e Crítica Literárias, VIII, 36, p. 208;
em inglês no original)
em inglês no original)
[ A improbidade e a ineficiência profissionais são talvez as características distintivas da nossa era. ]
(idem, p. 256; trad. Jorge Rosa, com alterações)
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Corrupção,
Governo,
Trabalho
13 fevereiro 2012
Piegas... ou «Quem não chora, não mama»?
Lacrimejância inútil, pieguice humana dos nervos,
(Álvaro de Campos, Poesia, 112, p. 182)
Etiquetas:
* Álvaro de Campos,
Governo,
Heterónimos e afins,
Portugal
15 janeiro 2012
Onde se lê «Sr. José Cabral», leia-se «Ministra Paula Teixeira da Cruz»
[...] Creio não errar ao presumir que o Sr. José Cabral supõe que a Maçonaria é uma associação secreta. Não é. A Maçonaria é uma Ordem secreta, ou, com plena propriedade, uma Ordem iniciática. O Sr. José Cabral não sabe, provavelmente, em que consiste a diferença. Pois o mal é esse — não sabe. Nesse ponto, se não sabe, terá que continuar a não saber. De mim, pelo menos, não receberá a luz. Forneço-lhe, em todo o caso, uma espécie de meia luz, qualquer coisa como a «treva visível» de certo grande ritual. Vou insinuar-lhe o que é essa diferença por o que em linguagem maçónica se chama «termos de substituição».
A Ordem Maçónica é secreta por uma razão indirecta e derivada a mesma razão por que eram secretos os Mistérios antigos, incluindo os dos cristãos, que se reuniam em segredo, para louvar a Deus, em o que hoje se chamariam Lojas ou Capítulos, e que, para se distinguir dos profanos, tinham fórmulas de reconhecimento — toques, ou palavras de passe, ou o que quer que fosse. Por esse motivo os romanos lhes chamavam ateus, inimigos da sociedade e inimigos do Império — precisamente os mesmos termos com que hoje os maçons são brindados pelos sequazes da Igreja Romana, filha, talvez ilegítima, daquela maçonaria remota.
A Ordem Maçónica é secreta por uma razão indirecta e derivada a mesma razão por que eram secretos os Mistérios antigos, incluindo os dos cristãos, que se reuniam em segredo, para louvar a Deus, em o que hoje se chamariam Lojas ou Capítulos, e que, para se distinguir dos profanos, tinham fórmulas de reconhecimento — toques, ou palavras de passe, ou o que quer que fosse. Por esse motivo os romanos lhes chamavam ateus, inimigos da sociedade e inimigos do Império — precisamente os mesmos termos com que hoje os maçons são brindados pelos sequazes da Igreja Romana, filha, talvez ilegítima, daquela maçonaria remota.
(Fernando Pessoa, “Associações Secretas”, Da República (1910–1935), 132, pp. 394–395)
14 janeiro 2012
O eterno retorno da polémica anti-Maçonaria
Estreou-se a Assembleia Nacional, do ponto de vista legislativo, com a apresentação, por um deputado, de um projecto de lei sobre «associações secretas». De tal ordem é o projecto, tanto em natureza como em conteúdo, que não há que felicitar o actual Parlamento por lhe ter sido dada essa estreia. Antes que dizer-lhe Absit omen!, ou seja, em português, Longe vá o agouro!
Apresentou o projecto o Sr. José Cabral, que, se não é dominicano, deveria sê-lo, de tal modo o seu trabalho se integra, em natureza, como em conteúdo, nas melhores tradições dos Inquisidores. O projecto, que todos terão lido nos jornais, estabelece várias e fortes sanções (com excepção da pena de morte) para todos quantos pertençam ao que o seu autor chama «associações secretas, sejam quais forem os seus fins e organização».
Dada a latitude desta definição, e considerando que por «associação» se entende um agrupamento de homens, ligados por um fim comum, e que por «secreto» se entende o que, pelo menos parcialmente, se não faz à vista do público, ou, feito, se não torna inteiramente público, posso, desde já, denunciar ao Sr. José Cabral uma associação secreta — o Conselho de ministros. De resto, tudo quanto de sério ou de importante se faz em reunião neste mundo, faz-se secretamente. Se não reúnem em público os Conselhos de ministros, também não o fazem as direcções dos partidos políticos, as tenebrosas figuras que orientam os clubes desportivos ou os sinistros comunistas que tornam os conselhos de administração das companhias comerciais e industriais.
Apresentou o projecto o Sr. José Cabral, que, se não é dominicano, deveria sê-lo, de tal modo o seu trabalho se integra, em natureza, como em conteúdo, nas melhores tradições dos Inquisidores. O projecto, que todos terão lido nos jornais, estabelece várias e fortes sanções (com excepção da pena de morte) para todos quantos pertençam ao que o seu autor chama «associações secretas, sejam quais forem os seus fins e organização».
Dada a latitude desta definição, e considerando que por «associação» se entende um agrupamento de homens, ligados por um fim comum, e que por «secreto» se entende o que, pelo menos parcialmente, se não faz à vista do público, ou, feito, se não torna inteiramente público, posso, desde já, denunciar ao Sr. José Cabral uma associação secreta — o Conselho de ministros. De resto, tudo quanto de sério ou de importante se faz em reunião neste mundo, faz-se secretamente. Se não reúnem em público os Conselhos de ministros, também não o fazem as direcções dos partidos políticos, as tenebrosas figuras que orientam os clubes desportivos ou os sinistros comunistas que tornam os conselhos de administração das companhias comerciais e industriais.
(Fernando Pessoa, “Associações Secretas”, Da República (1910–1935), 132, pp. 391–392)
05 dezembro 2011
Petição «Find the Trunk»
Petição para que a mítica Arca de Fernando Pessoa (vendida em leilão em 2008...) seja encontrada e, se possível, recuperada pelo Estado português.
www.findthetrunk.com

05 novembro 2011
Desemprego
[...] Os governos têm sido de uma notável incapacidade na solução dos principais problemas com que têm sido confrontados — o problema industrial propriamente dito, o problema do desemprego, o próprio problema do alojamento. [...]
(Álvaro de Campos, Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação, 415)
Etiquetas:
* Álvaro de Campos,
Economia/Finanças,
Governo,
Heterónimos e afins
15 setembro 2011
Dia Internacional da Democracia
Contra a democracia invoca-se, em primeiro lugar, o argumento da ignorância das classes cujo voto predomina, porque seja maior o seu número. Mas como os sábios divergem tanto como essas classes, não parece haver vantagens na ciência para elucidação dos problemas. Onde há, sem dúvida, vantagens para a ciência é na escolha dos homens que devem governar; ora é precisamente isso que o voto escolhe. O povo não é apto a saber qual a direcção que a política pátria deve tomar em tal período; mas os homens cultos também não o sabem, pois que divergem em tal ponto. Mas o que os homens cultos sabem, e o povo não sabe, é avaliar de competências para certos cargos. Propriamente, só financeiros é que sabem avaliar qual o indivíduo que melhor geriria as finanças de um povo; só militares, qual o melhor indivíduo para ministro da Guerra.
(Fernando Pessoa, “A Democracia”, Sobre Portugal — Introdução ao Problema Nacional, 22, pp. 126–127)
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Ciência,
Democracia,
Economia/Finanças,
Eleições,
Governo,
Ignorância,
Militares,
Povo
04 junho 2011
Véspera de eleições
[...] Esta opressão, que todos nós sentimos, esta vergonha de estarmos sendo governados por bacalhoeiros da política, [...]
(Fernando Pessoa, “Carta a um Herói Estúpido”, Da República (1910–1935), 82, p. 195)
12 março 2011
6 anos de governos de José Sócrates
[...] Sócrates foi, na verdade, o chefe dos sofistas; na verdade foi inimigo da Pátria.
(António Mora, Páginas de Estética e de Teoria e Crítica Literárias, I, 16, p. 22)
Etiquetas:
* António Mora,
Filosofia,
Governo,
Heterónimos e afins,
Pátria
17 novembro 2010
Reunião dos Ministros da Economia e das Finanças (Ecofin) da União Europeia
Homens-altos de Lilliput-Europa, passai por baixo do meu Desprezo!
(Álvaro de Campos, “Ultimatum”, Prosa Publicada em Vida, p. 282)
Etiquetas:
* Álvaro de Campos,
Economia/Finanças,
Europa,
Governo,
Heterónimos e afins
24 outubro 2010
Discussão do Orçamento de Estado 2011
[...] esta fúnebre marcha de títeres tristes que é o deslizar diário da nossa vida nacional.
(António Mora, Pessoa por Conhecer, vol. II, 231, p. 273)
Etiquetas:
* António Mora,
Economia/Finanças,
Governo,
Heterónimos e afins,
Política,
Portugal,
Tristeza
05 outubro 2010
Monarquia Portuguesa vs. Primeira República: descubra as diferenças
[...] A República Velha falhou mesmo como fenómeno destrutivo: destruiu mal e destruiu por maus processos.
Destruiu mal porque destruiu pouco. Destruir a Monarquia não é só tirar o Rei: é também, é sobretudo substituir os tipos de mentalidade governantes por outros tipos de mentalidade. [...]
A República Velha nada alterou das tradições desonrosas da Monarquia. Mudou apenas a maneira de cometer os erros; os erros continuaram sendo os mesmos. Em vez de um regime católico, um regime anticatólico, isto é, um regime que logo arregimentava como inimigos os católicos. Em vez de uma República portuguesa, de um regime nacional, uma república francesa em Portugal. E assim como a Monarquia Constitucional havia sido um sistema inglês (ou anglo-francês) sobreposto à realidade da Pátria Portuguesa, a República Velha foi um sistema francês sobreposto à mesma realidade pátria. No que respeita aos erros de administração — a incompetência, a imoralidade, o caciquismo — ficámos na mesma, mudando apenas os homens que faziam asneiras, que praticavam roubos e que escamoteavam “eleições”. De sorte que a República Velha era a Monarquia sem Rei. [...]
Destruiu mal porque destruiu pouco. Destruir a Monarquia não é só tirar o Rei: é também, é sobretudo substituir os tipos de mentalidade governantes por outros tipos de mentalidade. [...]
(Fernando Pessoa, Da República (1910–1935), 98, p. 243)
A República Velha nada alterou das tradições desonrosas da Monarquia. Mudou apenas a maneira de cometer os erros; os erros continuaram sendo os mesmos. Em vez de um regime católico, um regime anticatólico, isto é, um regime que logo arregimentava como inimigos os católicos. Em vez de uma República portuguesa, de um regime nacional, uma república francesa em Portugal. E assim como a Monarquia Constitucional havia sido um sistema inglês (ou anglo-francês) sobreposto à realidade da Pátria Portuguesa, a República Velha foi um sistema francês sobreposto à mesma realidade pátria. No que respeita aos erros de administração — a incompetência, a imoralidade, o caciquismo — ficámos na mesma, mudando apenas os homens que faziam asneiras, que praticavam roubos e que escamoteavam “eleições”. De sorte que a República Velha era a Monarquia sem Rei. [...]
(Fernando Pessoa, Da República (1910–1935), 101, p. 249)
30 julho 2010
112 anos da morte de Otto von Bismarck (1898)
Os estadistas de primeira ordem, como Bismarck ou Cromwell, governaram sempre contra a opinião pública. Os estadistas de segunda ordem, como Napoleão, governaram sempre com ela.
(Fernando Pessoa, Ultimatum e Páginas de Sociologia Política, 58, p. 286)
Subscrever:
Mensagens (Atom)