(Fernando Pessoa, Sobre Portugal — Introdução ao Problema Nacional, 8, p. 85)
30 setembro 2009
73 anos da criação da Legião Portuguesa (1936)
Plagiamos o fascismo e o hitlerismo, plagiamos claramente, com a desvergonha da inconsciência, como a criança imita sem hesitar. Não reparamos que fascismo e hitlerismo, em sua essência, nada têm de novo, porventura nada de aproveitável, como ideias;
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28 setembro 2009
Iconografia pessoana
Fernando Pessoa após regressar da África do Sul
(Fotobiografias do Século XX: Fernando Pessoa, p. 76)
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27 setembro 2009
Resultados eleitorais
Que importa àquele a quem já nada importa
Que um perca e outro vença[?]
Que um perca e outro vença[?]
(Ricardo Reis, Poesia, II, 32, p. 64)
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Agora que campanha eleitoral passou...
Volta amanhã, realidade!
(Álvaro de Campos, Poesia, 140, p. 428)
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26 setembro 2009
Dia de reflexão?
O voto popular não é uma manifestação de opinião; é uma expressão de sentimento.
(Fernando Pessoa, Ultimatum e Páginas de Sociologia Política, 55, p. 269)
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Para o meu irmão... :o)
É-se feliz na Austrália, desde que lá se não vá.
(Álvaro de Campos, “Oxfordshire”, Poesia, 148, p. 440)
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25 setembro 2009
24 setembro 2009
Para a classe política que temos, com amor
[...] Todos! todos! todos! Lixo, cisco, choldra provinciana, safardanagem intelectual!
[...]
Agora a política é a degeneração gordurosa da organização da incompetência!
[...]
Agora a política é a degeneração gordurosa da organização da incompetência!
(Álvaro de Campos, “Ultimatum”, Prosa Publicada em Vida, pp. 280/281)
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22 setembro 2009
À atenção de todos os candidatos a cargos políticos
Espera o melhor e prepara-te para o pior.
(Fernando Pessoa, Escritos Autobiográficos, Automáticos e de Reflexão Pessoal, p. 357)
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20 setembro 2009
490 anos do início da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães (1519)
FERNÃO DE MAGALHÃES
No vale clareia uma fogueira.
Uma dança sacode a terra inteira.
E sombras disformes e descompostas
Em clarões negros do vale vão
Subitamente pelas encostas,
Indo perder-se na escuridão.
De quem é a dança que a noite aterra?
São os Titãs, os filhos da Terra,
Que dançam da morte do marinheiro
Que quis cingir o materno vulto —
Cingi-lo, dos homens, o primeiro —,
Na praia ao longe por fim sepulto.
Dançam, nem sabem que a alma ousada
Do morto ainda comanda a armada,
Pulso sem corpo ao leme a guiar
As naus no resto do fim do espaço:
Que até ausente soube cercar
A terra inteira com seu abraço.
Violou a Terra. Mas eles não
O sabem, e dançam na solidão;
E sombras disformes e descompostas,
Indo perder-se nos horizontes,
Galgam do vale pelas encostas
Dos mudos montes.
(Fernando Pessoa, Mensagem, Segunda Parte, VIII, p. 143)
17 setembro 2009
159 anos do nascimento de Guerra Junqueiro (1850)
G. Junqueiro? Tenho uma grande indiferença pela obra dele. Já o vi... Nunca pude admirar um poeta que me foi possível ver.
(Bernardo Soares, Livro do Desassossego, AP17, p. 499)
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16 setembro 2009
Iconografia pessoana
Monumento ao Infante D. Henrique em Lagos (Algarve)
(Fernando Pessoa, Mensagem, Segunda Parte, X, p. 147)
15 setembro 2009
Dia Internacional da Democracia
O povo é fundamentalmente, radicalmente, irremediavelmente reaccionário. O liberalismo é um conceito aristocrático, e portanto inteiramente oposto à democracia.
(Fernando Pessoa, Escritos Autobiográficos, Automáticos e de Reflexão Pessoal, p. 375)
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12 setembro 2009
Promessas eleitorais
Ficções do Interlúdio
(ed. Fernando Cabral Martins, Lisboa, Assírio & Alvim,
col. Obras de Fernando Pessoa (n.º 5), 1999)
col. Obras de Fernando Pessoa (n.º 5), 1999)
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09 setembro 2009
36 anos da primeira reunião do Movimento dos Capitães (1973), embrião do Movimento das Forças Armadas e do 25 de Abril
Ataquemos pois o que sabemos velho, podre e decadente. A sociedade edificará depois o que haverá de lhe seguir. [...] Destruindo o velho, damos lugar ao novo, seja ele o que for.
(Fernando Pessoa, Pessoa por Conhecer, vol. II, 66, p. 87)
07 setembro 2009
04 setembro 2009
Festa do Avante!
Uma árvore não vai a comícios. [...]
(Fernando Pessoa, Escritos Autobiográficos, Automáticos e de Reflexão Pessoal, p. 373)
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01 setembro 2009
70 anos da invasão nazi da Polónia e do início da II Guerra Mundial (1939)
A guerra actual é uma guerra entre dois princípios sociológicos, entre dois critérios de civilização. [...] Um desses princípios é representado pela Alemanha; [...]
O princípio representado pela Alemanha resume-se em poucas palavras. É este: A Pátria está acima da Civilização. [...] É claro que um país em que se sustente, acima de todas, esta teoria da civilização deve mostrar características especiais. [...] um estado que ponha a Pátria acima da civilização deve, ipso facto, colocar o Estado acima do Indivíduo, deve, em tudo quanto possa ser, subordinar o indivíduo ao Estado. Assim, sem que possa contestar-se, faz a Alemanha.
É evidente, em seguida, que um critério desta ordem deve ser nitidamente militarista.
O princípio representado pela Alemanha resume-se em poucas palavras. É este: A Pátria está acima da Civilização. [...] É claro que um país em que se sustente, acima de todas, esta teoria da civilização deve mostrar características especiais. [...] um estado que ponha a Pátria acima da civilização deve, ipso facto, colocar o Estado acima do Indivíduo, deve, em tudo quanto possa ser, subordinar o indivíduo ao Estado. Assim, sem que possa contestar-se, faz a Alemanha.
É evidente, em seguida, que um critério desta ordem deve ser nitidamente militarista.
(Fernando Pessoa, Ultimatum e Páginas de Sociologia Política, 38, pp. 227–228)
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