(Fernando Pessoa, “O Conde D. Henrique”, Mensagem, Primeira Parte, II, Terceiro, p. 87)
28 junho 2009
95 anos do assassinato do arquiduque Francisco Fernando em Sarajevo (1914)
Todo começo é involuntário.
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Crime,
Falecimento,
Guerra
26 junho 2009
Dia Internacional de Apoio às Vítimas de Tortura
We torture our brother men with hate, spite, evil, and then say “the world is bad”.
[ Torturamos os nossos irmãos homens com o ódio, o rancor, a maldade e depois dizemos «o mundo é mau». ]
[ Torturamos os nossos irmãos homens com o ódio, o rancor, a maldade e depois dizemos «o mundo é mau». ]
(Fernando Pessoa, Aforismos e afins, p. 20; em inglês no original)
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Mal,
Ódio,
Tortura
25 junho 2009
Irmã Lúcia, 25 de Junho de 2000
Tenho um segredo que nem eu própri[a] conheço...
(Fernando Pessoa, Poesia (1902–1917), p. 350)
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Fátima,
Religião
24 junho 2009
Dia de “São” João
No dia de S. João
Há fogueiras e folias.
Gozam uns e outros não,
Tal qual como os outros dias.
Há fogueiras e folias.
Gozam uns e outros não,
Tal qual como os outros dias.
(Fernando Pessoa, Quadras, II, 200, p. 104)
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Estado de espírito,
Santos
22 junho 2009
68 anos do início da Operação Barbarossa (1941)
[...] onde se mostrou, mais uma inútil vez, que a coragem física não é, em geral, acompanhada duma grande lucidez intelectual.
(Fernando Pessoa, “Carta a um Herói Estúpido”, Da República (1910–1935), 83, pp. 195–196)
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Guerra,
União Soviética
21 junho 2009
20 junho 2009
Dia Mundial do Refugiado
Como que nu me sinto e exilado
Entre coisas estranhas, [...]
Entre coisas estranhas, [...]
(Fernando Pessoa, Fausto — Tragédia Subjectiva, Quadro X, p. 84)
19 junho 2009
386 anos do nascimento de Blaise Pascal (1623)
Pascal era um teólogo em verso, que escreveu em prosa.
(Fernando Pessoa, Textos Filosóficos, vol. I, IV, 46, p. 135)
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Ciência,
Nascimento,
Religião
18 junho 2009
194 anos da Batalha de Waterloo (1815)
Napoleão disse que não conhecia a palavra impossível, mas deve tê-la encontrado em Moscovo e Waterloo, se a não tinha visto antes.
(Álvaro de Campos, “Ritmo Paragráfico”, Poemas Completos de Alberto Caeiro, p. 272)
Etiquetas:
* Alberto Caeiro,
* Álvaro de Campos,
Guerra,
Heterónimos e afins
16 junho 2009
Iconografia pessoana
Painel de azulejos no “Martinho da Arcada”
(fotografia: Emma’s House in Portugal)
(fotografia: Emma’s House in Portugal)
15 junho 2009
311 DC: Licínio ordena o fim da perseguição aos cristãos no Império Romano do Oriente
Sabe-se hoje que grande parte das perseguições feitas aos cristãos [...] são puramente míticas, sendo das variadíssimas invenções dos propagandistas primitivos do Cristianismo.
(Fernando Pessoa, Ultimatum e Páginas de Sociologia Política, 49, pp. 260–261)
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Cristianismo,
Império Romano,
Liberdade,
Opressão
13 junho 2009
121 anos do nascimento de Fernando Pessoa (1888)
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Eu era feliz e ninguém estava morto.
(Álvaro de Campos, “Aniversário”, Poesia, 126, p. 403)
Heteronímia
Sou um evadido,
Logo que nasci
Fecharam-me em mim,
Ah, mas eu fugi
Logo que nasci
Fecharam-me em mim,
Ah, mas eu fugi
(Fernando Pessoa, Poesia (1931–1935 e não datada), p. 47)
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Heterónimos e afins
Iconografia pessoana
Fernando Pessoa, com poucas semanas de idade, ao colo da mãe.
(Fotobiografias do Século XX: Fernando Pessoa, p. 26)
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Família,
Fotografias,
Iconografia,
Mãe/Pai
Pessoa: grande demais para o país onde viveu
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
(Álvaro de Campos, “Tabacaria”, Poesia, 75, p. 322)
Etiquetas:
* Álvaro de Campos,
Heterónimos e afins,
Portugal
12 junho 2009
24 anos do Tratado de Adesão de Portugal à CEE (1985)
Temos vivido por empréstimo a vida europeia. Salvo quando fizemos as descobertas, fomos sempre atrás dos últimos.
(Fernando Pessoa, Pessoa Inédito, 178, p. 311)
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Descobertas,
Europa,
História de Portugal,
Portugal
11 junho 2009
Iconografia pessoana
«Ilustração sobre Tabacaria»
de Nádia
de Nádia
Etiquetas:
* Álvaro de Campos,
Heterónimos e afins,
Iconografia
10 junho 2009
Dia de Portugal...
Arre, que tanto é muito pouco!
Arre, que tanta besta é muito pouca gente!
Arre, que o Portugal que se vê é só isto!
Arre, que tanta besta é muito pouca gente!
Arre, que o Portugal que se vê é só isto!
(Álvaro de Campos, Poesia, 21, p. 145)
Etiquetas:
* Álvaro de Campos,
Estupidez,
Heterónimos e afins,
Portugal
... de Camões...
Resta dizer, de Camões, que não chegou para o que foi. Grande como é, não passou do esboço de si próprio. [...] A epopeia que Camões escreveu pede que aguardemos a epopeia que ele não pôde escrever. A maior coisa nele é o não ser grande bastante para os semideuses que celebrou.
(Fernando Pessoa, Crítica, p. 216)
Etiquetas:
“Mensagem”,
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Camões,
Descobertas
... e das Comunidades Portuguesas
Sós nas grandes cidades desamigas,
Sem falar a língua que se fala nem a que se pensa,
Mutilados da relação com os outros,
Que depois contarão na pátria os triunfos da sua estada.
Coitados dos que conquistam Londres e Paris!
Voltam ao lar sem melhores maneiras nem melhores caras
Apenas sonharam de perto o que viram —
Permanentemente estrangeiros.
Sem falar a língua que se fala nem a que se pensa,
Mutilados da relação com os outros,
Que depois contarão na pátria os triunfos da sua estada.
Coitados dos que conquistam Londres e Paris!
Voltam ao lar sem melhores maneiras nem melhores caras
Apenas sonharam de perto o que viram —
Permanentemente estrangeiros.
(Álvaro de Campos, “Os Emigrados”, Poesia, 35, p. 256)
Etiquetas:
* Álvaro de Campos,
Emigração,
Heterónimos e afins,
Portugal
08 junho 2009
Dia Mundial dos Oceanos
Toda a vida marítima! tudo na vida marítima!
Insinua-se no meu sangue toda essa sedução fina
E eu cismo indeterminadamente as viagens.
Ah, as linhas das costas distantes, achatadas pelo horizonte!
Ah, os cabos, as ilhas, as praias areentas!
As solidões marítimas como certos momentos no Pacífico
Em que não sei por que sugestão aprendida na escola
Se sente pesar sobre os nervos o facto de que aquele é o maior dos oceanos
E o mundo e o sabor das coisas tornam-se um deserto dentro de nós!
A extensão mais humana, mais salpicada, do Atlântico!
O Índico, o mais misterioso dos oceanos todos!
O Mediterrâneo, doce, sem mistério nenhum, clássico, um mar para bater
De encontro a esplanadas olhadas de jardins próximos por estátuas brancas!
Todos os mares, todos os estreitos, todas as baías, todos os golfos,
Queria apertá-los ao peito, senti-los bem e morrer!
Insinua-se no meu sangue toda essa sedução fina
E eu cismo indeterminadamente as viagens.
Ah, as linhas das costas distantes, achatadas pelo horizonte!
Ah, os cabos, as ilhas, as praias areentas!
As solidões marítimas como certos momentos no Pacífico
Em que não sei por que sugestão aprendida na escola
Se sente pesar sobre os nervos o facto de que aquele é o maior dos oceanos
E o mundo e o sabor das coisas tornam-se um deserto dentro de nós!
A extensão mais humana, mais salpicada, do Atlântico!
O Índico, o mais misterioso dos oceanos todos!
O Mediterrâneo, doce, sem mistério nenhum, clássico, um mar para bater
De encontro a esplanadas olhadas de jardins próximos por estátuas brancas!
Todos os mares, todos os estreitos, todas as baías, todos os golfos,
Queria apertá-los ao peito, senti-los bem e morrer!
(Álvaro de Campos, “Ode Marítima”, Poesia, 18, pp. 112–113)
06 junho 2009
65 anos do início do Desembarque na Normandia (Dia D, Operação Overlord)
Tudo é incerto e derradeiro.
[...]
É a Hora!
Valete, Fratres.
[...]
É a Hora!
Valete, Fratres.
(Fernando Pessoa, “Nevoeiro”, Mensagem, Terceira Parte, III, p. 191)
04 junho 2009
20 anos do massacre de manifestantes pró-democracia na Praça Tiananmen (1989)
Sê lanterna, dá luz com vidro à roda.
Porém o calor guarda.
Não poderão os ventos opressivos
Apagar tua luz;
Nem teu calor, disperso, irá ser frio
No inútil infinito.
Porém o calor guarda.
Não poderão os ventos opressivos
Apagar tua luz;
Nem teu calor, disperso, irá ser frio
No inútil infinito.
(Ricardo Reis, Poesia, II, 103, pp. 113–114)
Etiquetas:
* Ricardo Reis,
Comunismo,
Democracia,
Heterónimos e afins,
Liberdade,
Opressão
01 junho 2009
Dia Internacional da Criança
Pintura de João Luiz Roth
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
(Fernando Pessoa, “Liberdade”, Poesia (1931–1935 e não datada), p. 378)
Etiquetas:
* Fernando Pessoa (ortónimo),
Iconografia,
Infância,
Poesia
Subscrever:
Mensagens (Atom)