Agora ficaram escritas e não penso mais nelas.
Gozemos, se pudermos, a nossa doença,
Mas nunca a achemos saúde,
Como os homens fazem.
O defeito dos homens não é serem doentes:
É chamarem saúde à sua doença,
E por isso não buscarem a cura
Nem realmente saberem o que é saúde e doença.
(Alberto Caeiro, “O Guardador de Rebanhos”, entre XIX e XX, Poemas Completos de Alberto Caeiro, p. 69)