Ver claro, ver simples, ver puro,
Ver o mundo nas suas caixas,
Ser um olhar com uma alma por trás, e que vida tão breve!
Criança alfacinha do Universo.
Bendita sejas com tudo quanto está à vista!
Enfeito, no meu coração, a Praça da Figueira para ti
E não há recanto que não veja para ti, nos recantos de seus recantos.
(Álvaro de Campos, Poesia, 122, p. 398)