[...] Portugal não quer ser espanhol, nem de uma forma, nem de outra. Dos ódios que a história semeia, o ódio do português ao espanhol imperialista é o único que ficou, porque o contra os franceses que nos invadiram sob Napoleão, e o contra os ingleses que nos lançaram o Ultimatum célebre, já passaram ambos e se desradicaram de nós.
(Fernando Pessoa, “Problema Ibérico”, Ultimatum e Páginas de Sociologia Política, 17, p. 181)